Pois é,
quando tu finalmente ganhares coragem
e me tentares ligar,
pode ser que o número esteja ocupado demais,
ou quem sabe nem seja mais o mesmo,
ou talvez até eu nem queira mais atender...
E se bateres á minha porta
ela estará muito trancada,
ou se aberta, mostrará uma casa vazia...
Os teus olhos te ensinarão o que são lágrimas,
aquelas que eu te disse que ardiam tanto,
o nome do enjoo que tu vais sentir
é arrependimento,
e a falta de fome que virá
chama-se tristeza...
Então quando os dias passarem
e eu não te ligar,
quando nada de bom te acontecer
e ninguém te olhar com meus olhos encantados…
Tu encontrarás a famosa solidão,
a partir daí o que acontecerá,
chama-se surpresa...
E provavelmente o remédio para todas essas sensações acima,
é o tal tempo que tu tanto me pedias...
"Temos muito tempo… Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos… O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos. A verdade é que não temos muito tempo. Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver… sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido." (Paulo Geraldo)
sexta-feira, 22 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
Eu só... e eu...
Sabe tão bem,
conseguir estar a sós comigo mesma,
ter longas conversa silenciosas
com essa que tantas vezes se esconde atrás de mim,
de cara baixa e sorriso medroso...
Deleitar-me com a minha companhia
esquecendo que há um mundo lá fora,
ouvir-me como mais ninguém o faz...
Tantos conselhos já dei a essa eu, tantas vezes confusa,
tantas outras já lhe ralhei
e outras tantas a abracei de alegria...
(Veruska Bastos)
conseguir estar a sós comigo mesma,
ter longas conversa silenciosas
com essa que tantas vezes se esconde atrás de mim,
de cara baixa e sorriso medroso...
Deleitar-me com a minha companhia
esquecendo que há um mundo lá fora,
ouvir-me como mais ninguém o faz...
Tantos conselhos já dei a essa eu, tantas vezes confusa,
tantas outras já lhe ralhei
e outras tantas a abracei de alegria...
(Veruska Bastos)
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