sexta-feira, 22 de junho de 2012

O tempo....

Pois é,
quando tu finalmente ganhares coragem
e me tentares ligar, 
pode ser que o número esteja ocupado demais, 
ou quem sabe nem seja mais o mesmo, 
ou talvez até eu nem queira mais atender... 

E se bateres á minha porta
ela estará muito trancada,
ou se aberta, mostrará uma casa vazia...

Os teus olhos te ensinarão o que são lágrimas,
aquelas que eu te disse que ardiam tanto,
o nome do enjoo que tu vais sentir
é arrependimento,
e a falta de fome que virá
chama-se tristeza...

Então quando os dias passarem
e eu não te ligar,
quando nada de bom te acontecer
e ninguém te olhar com meus olhos encantados…

Tu encontrarás a famosa solidão,
a partir daí o que acontecerá,
chama-se surpresa...

E provavelmente o remédio para todas essas sensações acima,
é o tal tempo que tu tanto me pedias...

sábado, 2 de junho de 2012

Eu só... e eu...

Sabe tão bem,
conseguir estar a sós comigo mesma,
ter longas conversa silenciosas
com essa que tantas vezes se esconde atrás de mim,
de cara baixa e sorriso medroso...


Deleitar-me com a minha companhia
esquecendo que há um mundo lá fora,
ouvir-me como mais ninguém o faz...

Tantos conselhos já dei a essa eu, tantas vezes confusa,
tantas outras já lhe ralhei
e outras tantas a abracei de alegria...

(Veruska Bastos)