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O corpo doía-me
e permanecia inerte,
como se nunca mais sequer se movesse...
Os meus olhos esses,
estavam carregados
de uma nuvem branca
que os impedia de ver com clareza...
Mas a alma
parecia voar,
desejando apagar da sua memória
pequenos longos momentos que a faziam morrer pouco a pouco...
E eu,
eu não conseguia controlar
nenhuma parte de mim,
como se não mais fosse inquilina de mim mesma...
Via-me por fora,
podia tocar meu próprio corpo
e abraçar-me,
para dizer a mim mesma que tudo estava bem...
Via quem mais me amava chorar
desesperar de tristeza e dor,
mas sentia tanta alegria
tanta paz,
sentia-me tão bem finalmente,
tão livre...
Afaguei-os
e tentei secar-lhe o rosto distorcido
pelas lágrimas que neles corriam...
Sorria e tentava-lhes tocar o coração
para que sentissem que estava bem,
que finalmente era livre e feliz
mesmo que não ali,
mesmo que longe deles...
E parti...
(Ladybutterfly)